sábado, 19 de junho de 2010
Mais sobre os empreendimentos da feira
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Notícias do II Conaes: Marcha leva proposta de lei ao congresso
O segundo dia de atividades da IICONAES terminou com a marcha até o Congresso Nacional para encaminhar proposta de lei da Economia Solidária
A marcha mobilizou mais de 1.500 delegados em prol da proposta de lei da Economia Solidária no dia 16/06. A caminhada começou por volta das 17:30h, saindo em frente ao complexo de tendas no gramado da Esplanada dos Ministérios, onde está ocorrendo a IICONAES. O trajeto foi marcado por falas de agentes de ECOSOL e gritos de força que estimularam as pessoas até o Congresso. A caminhada durou entorno de 40 minutos.
A lei de Economia Solidária propõe diretrizes para uma política nacional de estado para economia solidária, assim como existem em outros setores como saúde e educação. A proposta coloca a criação do Sistema Nacional de Economia Solidária e um Fundo Nacional com conselho gestor eleito pelo Conselho Nacional, para apoio ao desenvolvimento do movimento. Além de estruturar uma legislação específica para os empreendimentos solidários.
A ação foi mobilizada pelo Fórum Brasileiro de Economia Solidária. Os próprios delegados organizaram a marcha, um exemplo de autogestão, os militantes se dividiram em delegações por estado e estabeleceram uma comissão de segurança.
Economia Solidária – Uma outra economia acontece
A Economia Solidária é um jeito de fazer a atividade econômica de produção, oferta de serviços, comercialização, finanças ou consumo baseado na democracia e na cooperação, o que chamamos de autogestão: ou seja, na Economia Solidária não existe patrão nem empregados, pois todos os/as integrantes do empreendimento (associação, cooperativa ou grupo) são ao mesmo tempo trabalhadores e donos. E isso já é uma realidade em muitos empreendimentos, no entanto, não existe nenhuma legislação específica.
Um dos entraves fundamentais para a consolidação da Economia Solidária enquanto proposta de um desenvolvimento sustentável, solidário e diverso para o país e enquanto opção daqueles/as que decidem viver da Economia Solidária, é o não reconhecimento, por parte do Estado Brasileiro, do direito ao trabalho associado e a formas organizativas baseadas na Economia Solidária.
O Conselho Nacional de Economia Solidária, com participação de representantes de vários setores da sociedade civil e do governo, elaborou a proposta de Lei.
Projeto de Lei de Iniciativa Popular precisa de assinatura de 1% do eleitorado brasileiro para ser aprovado. A sociedade civil tomou a iniciativa, então, de lançar a campanha de coleta de assinaturas para conseguir aprovar esta proposta como uma ação popular. A coleta de assinaturas está em ação.
A marcha terminou no começo da noite, quando uma comissão, formada por fomentadores, empreenderores solidários e gestores públicos, levou a proposta de lei até o Plenário III do Congresso Nacional.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
II Conferência Nacional de Economia Solidária - Brasília
A Conferência está discutindo os avanços, limites e desafios da Economia Solidária no atual contexto nacional e internacional. O principal foco é discutir a atuação do setor público através da proposta do Sistema Nacional de Economia Solidária, que, assim como o SUS fez com a saúde, vai procurar integrar as políticas públicas de EcoSol com ampla participação da sociedade.
Hoje a mesa de abertura teve a presença do principal teórico da questão no Brasil, Paul Singer, e Ladislau Dowbor apresentou os Dez Mandamentos da Economia Solidária.
Mais informações por conta da cobertura colaborativa organizada para o evento aqui e aqui.
Leitura sobre Economia Solidária
Situando a Economia Solidária, do Marcos Arruda, apresenta os princípios do movimento sob uma ótica muito humanizada.
E pra quem quer saber mais ainda, venha participar do Grupo de Estudos em Economia Solidária da Incop - Bauru. Toda quarta-feira, das 17:30 às 19h na sala 44, no campus da Unesp. O grupo está aberto a qualquer participante. Pra mais informações: itcpbauru@gmail.com
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Oficinas da feira
Horário: 10h às 12h
O participante terá contato com técnicas de construção que provocam menor impacto ambiental. A estrutura será montada a partir de uma estrutura geodésica em pequeno porte, que utiliza bambu - material renovável que vem se firmando como alternativa ao uso da madeira - e encaixes confeccionados com canos de PVC. Posteriormente a estrutura poderá abrigar diversos usos relacionados ao evento.
Oficineiros: Rodrigo Lopes Bessa e Urias Guedes Pereira
Rodrigo é estudante do quinto ano de arquitetura na UNESP (Bauru). Integra também o projeto de extensão "Taquara", que trabalha com o manuseio de bambu, além de ter ministrado oficinas como “construindo com bambu” e “olhares da cidade”.
Urias é estudante de Engenharia Civil, integrante da Incop e estuda Tecnologia Social.
Oficina de etnodesenvolvimento e economia solidária: Construção de redes solidárias
Horário: 13h às 15h
O participante irá se aprimorar nos conceitos de etnodesenvolvimento, economia solidária, redes, cadeia produtiva, política pública, Controle Social, Autogestão, Sistema financeiro (Produção, Crédito, Comercialização e Banco Comunitário) e metodologias participativas.
Oficineiros: Isabel Cristina e Paulo Índio
são integrantes do Fórum Paulista de Economia Solidária. Isabel é de Hortolândia, SP, integra o Ponto de Cultura Caminhos e é empreendedora solidária; Paulo Edison de Oliveira Índio, Cientista Social por formação, trabalha na formação de redes solidárias (Rede Ivoz-Produtores/ Artistas / Educadores , Federação das Associações de Comunidades Quilombolas do RS e Coordenação de Articulação Nacional de Comunidades Remanescentes de Quilombos). Participa do Fórum de PdC e Fórum Paulista de Economia Solidária. Atualmente é coordenador executivo do Projeto Cataforte da Rede Unitrabalho.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
por que empreendimentos solidários?
As feiras são articuladas dentro do movimento de Economia Solidária também para criar espaços para que os empreendimentos solidários tenham visibilidade e comercializem seus produtos. Mas, principalmente, para divulgar e disseminar uma nova forma de se produzir, de comercializar e de se relacionar baseadas no respeito ao ser humano, ao meio ambiente e na autonomia do trabalhador.
Os produtos comercializados na I Feira de Economia Solidária de Bauru são produzidos por grupos de trabalhadores que escolheram o cooperativismo como forma de trabalho e geração de renda. Isso quer dizer que eles procuram uma relação entre semelhantes, com direitos e responsabilidades iguais, sem patrões.
E, da mesma forma que essas relações mais harmoniosas são buscadas dentro do empreendimento, isso deve acontecer em relação ao resto da sociedade. É por isso que os empreendedores solidários devem sempre buscar formas de produção sustentáveis (ambiental, social e economicamente) para que sua atividade não prejudique os demais; praticar o comércio justo e solidário para que todos possam consumir produtos de qualidade e apoiar outros empreendimentos que compartilhem essa mesma visão, para que mais trabalhadores possam compartilhar desta experiência de autonomia sob seu próprio trabalho.